quinta-feira, 19 de março de 2009

EDUCAÇÃO INDÍGENA


Indígenas Participam da Consulta Nacional aos Povos e Comunidades Tradicionais

Autora: Aricema Pataxó

O ensino de história e cultura indígena e afro-brasileira passou a ser obrigatório para alunos do ensino médio e fundamental. Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 10 de março inclui a obrigatoriedade da temática no currículo das escolas públicas e particulares.
Para Maria Helena Fialho, coordenadora-geral de Educação na FUNAI, a lei favorece a disseminação de informações relacionadas ao processo histórico e à importância dos povos indígenas na redução dos preconceitos. “A FUNAI se dispõe, nesse sentido, a fazer qualquer processo de discussão para contribuir na construção do componente didático indígena na grade curricular”, explica Maria Helena.

O conteúdo programático que se refere à lei incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil. Também será destacado o papel dos índios e negros na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

A educadora e membro titular da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), Pierlângela Nascimento Cunha Wapichana, acredita que a lei posiciona os povos indígenas em um novo patamar no cenário nacional da educação. “Nossa esperança é que o povo brasileiro reconheça a diversidade dos povos indígenas e que valorize e respeite essa diversidade. Somente nos preocupa a forma em que será repassado esse conhecimento aos estudantes”, afirma Pierlângela.
Segundo o Diretor do Departamento de Educação para Diversidade e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Armênio Bello Schmidt, a lei valoriza a diversidade do conhecimento dos povos indígenas, exigindo esforço na formação dos professores não indígenas. “Os municípios e estados terão que criar alternativas para a formação e capacitação dos professores. Outro fator importante é a inserção da diversidade dos povos indígenas, a língua, religião, costumes, enfim, a cultura indígena, nos livros didáticos escolares”, afirmou Armênio Schmidt.

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por Aricema Pataxó

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